Estou ciente de que os dados fornecidos são exclusivamente para cadastro mencionado no formulário. Após finalização, os dados serão armazenados pela Gutto Assessoria Contábil SS Ltda de forma segura, apenas com a finalidade de manter histórico de atividades realizadas e sem hipótese de transmissão a terceiros, conforme Lei nº 13.709 – Lei geral de proteção de dados pessoais (LGPD).
H� MAIS DE 35 ANOS NO MERCADO




Contas do governo central têm estimativa de superávit primário de R$ 1,3 bilhão em março


O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira (11), a estimativa preliminar do resultado primário do governo central. A projeção apresentou um superávit primário de R$ 1,3 bilhão nas contas do governo federal em março. A receita líquida do governo atingiu a R$ 166,5 bilhões nesse mês, representando um aumento de 10,1% quando comparada com março de 2023, enquanto a despesa total somou R$ 165,2 bilhões, registrando uma alta de 4,2% na mesma base de comparação. No acumulado deste ano até março, o resultado primário apontou um superávit de R$ 22,9 bilhões, considerando os preços constantes de março, ante o superávit de R$ 33,4 bilhões no mesmo período de 2023.

Os dados são da execução orçamentária registrada no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, e fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário a ser divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

A receita total apresentou em março um crescimento real de 10,0%, ao ser comparada com o mesmo mês de 2023. As receitas administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), com alta de 11,2%, assim como as receitas não administradas pela RFB (9,4%) explicam o bom desempenho da arrecadação no mês. As receitas do Regime Geral de Previdência Social (RGPS) apresentaram crescimento real de 7,4%, registrando assim, após as transferências legais e constitucionais, alta de R$ 15,3 bilhões (10,1%) a preços constantes.

No acumulado primeiro trimestre do ano, a receita líquida de transferências registrou uma variação real positiva de 9,7%, totalizando um crescimento de R$ 47,5 bilhões a preços constantes, fortemente impactada pelo bom desempenho da arrecadação das receitas administradas pela RFB, que tiveram no período um acréscimo de 11,1%, um aumento real de R$ 44,5 bilhões.

A despesa total registrou um crescimento de R$ 6,6 bilhões em relação ao mês anterior, devido ao aumento com benefícios previdenciários, que alcançaram R$ 4,1 bilhões (6,0%), e ao pagamento de despesas obrigatórias com controle de flux, que totalizaram R$ 1,9 bilhão (6,6%). No acumulado do ano até março, a despesa teve um crescimento real de R$ 58 bilhões (12,6%) em relação ao mesmo período em 2023, sendo influenciada principalmente pelo pagamento de sentenças judiciais e precatórios que no período somaram o montante de R$ 30,2 bilhões.

Em relação às receitas administradas pela RFB, março registrou um aumento de R$ 12,4 bilhões (11,2%) em relação a fevereiro. Os pesquisadores observaram que bom desempenho ocorreu praticamente em todos os itens das receitas administradas, com destaque para o forte crescimento da arrecadação do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), Imposto de Renda (IR), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e do Programa de Integração Social/Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep), totalizando um acréscimo real de R$ 11,5 bilhões (12,9%) em comparação com o mesmo mês do ano passado. As receitas não administradas pela RFB também apresentaram uma expansão de 9,4% em março, com destaque para as receitas com dividendos e participações, com aumento real de R$ 3,7 bilhões.

Quanto às despesas totais, no acumulado do ano até março, e se comparadas com o mesmo trimestre do ano passado, tiveram um crescimento real de R$ 58 bilhões (12,6%), com destaque para os aumentos nos gastos com sentenças judiciais e precatórios – R$ 29,5 bilhões (4.329,4%), além das despesas com benefícios previdenciários – R$ 10,7 bilhões (5,3%), dos pagamentos com o Benefício de Prestação Continuada da Lei Orgânica de Assistência Social (BPC/Loas) e Renda Mensal Vitalícia (RMV) – R$ 3,8 bilhões (17,2%), as despesas obrigatórias com controle de fluxo – R$ 4,7 bilhões (6%), e as despesas discricionárias do Poder Executivo – R$ 5,5 bilhões (22,0%).

 

Fonte: IPEA